Só é possível amar o imperfeito.

Por que só podemos amar o que é imperfeito?

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É amando o outro como ele é – em toda a sua humanidade imperfeita – que o amor encontra espaço para florescer.

Bert Hellinger

Chegamos ao início de fevereiro, o próximo passo de um ano que ainda guarda tantas possibilidades.

E que tal iniciarmos este mês refletindo sobre o amor? Não o amor idealizado, perfeito e sem falhas, mas o amor real – aquele que acolhe, aceita e cresce apesar (ou por causa) das imperfeições. 

Afinal, se só podemos amar o imperfeito, o que isso nos ensina sobre nós mesmos e nossos relacionamentos?

AMAR O IMPERFEITO – O DESAFIO E A BELEZA DO AMOR REAL

Vivemos em uma sociedade que glorifica a perfeição. Buscamos o parceiro ideal, a relação sem conflitos, a felicidade constante.

Mas, como Bert Hellinger nos lembra, o amor verdadeiro não se encontra na ausência de falhas – ele surge quando conseguimos enxergar o outro em sua humanidade e, ainda assim, escolher amar.

Amar o imperfeito é um ato de coragem e vulnerabilidade. É reconhecer que nós também trazemos nossas próprias sombras, nossas limitações, e ainda assim nos permitimos entrar na dança do relacionamento.

Isso nos desafia a abandonar fantasias de controle e idealização, e a aceitar que o amor só é possível quando nos aproximamos da verdade.

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HISTÓRIAS PESSOAIS

Uma paciente certa vez me contou que sentia que seus relacionamentos fracassavam porque ela sempre escolhia “pessoas com problemas”.

No processo terapêutico, descobriu que sua dificuldade não era a escolha, mas a expectativa: ela desejava que os outros fossem aquilo que ela mesma idealizava.

Quando aprendeu a aceitar o outro como era, seus relacionamentos passaram a ter mais honestidade e, finalmente, espaço para o amor verdadeiro.

Em outro caso, um paciente confessou que não conseguia manter relacionamentos longos porque, ao perceber falhas na outra pessoa, rapidamente se distanciava.

A idealização o fazia acreditar que o “amor certo” seria isento de dificuldades. Durante a análise, ele percebeu que a rejeição ao outro espelhava a dificuldade de lidar com as próprias limitações. A partir dessa compreensão, começou a viver relações mais profundas, aceitando que o amor é também sobre imperfeições compartilhadas.

 

INSIGHTS DA PSICANÁLISE: O AMOR E A ACEITAÇÃO DO OUTRO

Na psicanálise, aprendemos que a busca pela perfeição é, muitas vezes, uma defesa contra o medo da vulnerabilidade.

Ao aceitar o outro em sua imperfeição, tocamos em um ponto profundo de conexão humana. Não buscamos mais a ilusão do “amor perfeito”, mas construímos um espaço onde podemos ser autênticos, onde há segurança para errar e crescer.

Uma reflexão importante é: como nosso desejo de perfeição reflete as nossas próprias inseguranças?

Será que tentamos corrigir o outro porque temos dificuldade em lidar com aquilo que consideramos imperfeito em nós mesmos?

 

REFLEXÕES PARA APLICAÇÃO NO DIA A DIA

Em vez de “dicas”, trago provocações para reflexão, alinhadas com os conceitos da psicanálise:

  • Quando estiver diante de um conflito no relacionamento, pergunte-se: O que essa situação diz sobre mim? O que posso aprender com isso?

  • Reflita sobre como você lida com as suas próprias imperfeições: Eu sou tão compreensivo comigo quanto gostaria que fossem comigo?

  • Considere o seguinte: Ao criticar o outro, estou projetando algo que não aceito em mim mesmo?

Esses exercícios não são respostas rápidas, mas convites para um olhar mais profundo e transformador. 

1.  Como lidar com a frustração quando o outro não corresponde às nossas expectativas?

É natural se frustrar quando criamos expectativas que o outro não consegue atender. O primeiro passo é reconhecer que essas expectativas são nossas, não do outro. Isso não significa abrir mão de suas necessidades, mas sim equilibrar as expectativas com a realidade.

2. Posso aceitar as imperfeições do outro sem sentir que estou me anulando?

Aceitação não é sinônimo de anulação. Pelo contrário, é reconhecer que o outro é um ser único, com falhas e qualidades, e escolher amá-lo a partir dessa compreensão. Amar o imperfeito não significa suportar o que é nocivo, mas sim acolher a humanidade do outro.

 3. E se o outro não aceita as minhas imperfeições?

Nesse caso, é importante avaliar se há reciprocidade no relacionamento. Um amor saudável exige espaço para ambos serem quem são. Se não há aceitação mútua, talvez seja hora de repensar a relação

  

4.  Como a psicanálise pode ajudar nos conflitos de relacionamento?

A psicanálise oferece um espaço para explorar padrões inconscientes que se repetem nos relacionamentos. Muitas vezes, reagimos ao outro de formas que não compreendemos totalmente. Na análise, é possível reconhecer e transformar essas dinâmicas, promovendo relações mais autênticas.

5. Por que idealizamos tanto o amor?

Idealizamos o amor porque crescemos cercados de narrativas que colocam o amor em um pedestal. Mas, na vida real, o amor é construído no dia a dia, com imperfeições e desafios. Entender isso nos liberta das expectativas irreais.

  

 ENCERRAMENTO E CHAMADO PARA AÇÃO

Iniciamos o mês com uma reflexão importante: o amor, em sua essência, é um ato de aceitação e compromisso.

Que tal aproveitar este início de ano para repensar como você se relaciona com os outros – e consigo mesmo?

 CONVITE À INTERAÇÃO

-Como você tem lidado com as imperfeições nos seus relacionamentos?

-Existe algo que aprendeu sobre amar o imperfeito que gostaria de compartilhar?

Envie sua história ou reflexão. Adorarei conhecer sua perspectiva e, quem sabe, incluir sua experiência nas próximas edições!

 

No começo de fevereiro, que tal fazer um movimento a mais pelo seu bem-estar emocional?

As sessões de psicanálise podem ser um caminho poderoso para encontrar equilíbrio, propósito e autoconfiança.

💡 Benefícios das Sessões:

  • Clareza para lidar com conflitos internos.

  • Ferramentas para enfrentar a ansiedade e o estresse.

  • Um espaço seguro para compreender suas emoções.

     

Depoimentos de quem já participou:

“A psicanálise me ajudou a enxergar minha vida com mais leveza. Hoje, consigo tomar decisões com mais segurança e cuidar melhor de mim mesma.”

“Buscar análise foi a melhor escolha que fiz. Consegui compreender padrões que repetia há anos e, finalmente, encontrei maneiras de lidar com eles.”

“A terapia me ensinou a ter paciência comigo mesma. Hoje, sinto que posso olhar para minha história sem culpa, mas com acolhimento.”

👉 Agende sua sessão agora mesmo e tenha um 2025 com mais equilíbrio

Clique abaixo:

NOTA DE FECHAMENTO E AGRADECIMENTO

E assim concluímos mais uma edição do Ponte para o EU, navegando pelas imperfeições que nos tornam genuinamente humanos. Se há algo que desejo que você leve desta leitura, é a certeza de que amar—de verdade—é abraçar as falhas, as contradições e os desafios, tanto nos outros quanto em si mesmo.

A jornada do autoconhecimento não busca a perfeição, mas sim a compreensão. Cada passo que damos em direção à aceitação nos torna mais livres, mais inteiros e mais capazes de construir conexões verdadeiras.

Obrigada por dedicar esse tempo a si mesmo, por permitir que essas palavras ressoem no seu íntimo. Se algo aqui tocou você, compartilhe comigo sua experiência. Sua história, sua percepção e suas reflexões enriquecem essa comunidade de busca e crescimento.

Nos vemos na próxima edição, onde continuaremos desvendando juntos os caminhos da autenticidade.

Até lá, cuide-se com carinho e lembre-se: amar o imperfeito é um ato de coragem e transformação.

Com carinho,

Vera Ribeiro

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